Na geladeira tinha um cubo que não estava frio. Peguei-o com as duas mãos entreabertas e fitei-o com os olhos castanhos fedendo à fumaça. Dobrei-o. Guardei no bolso.
Todo dia era assim que funcionava: o sonho morava no bolso, mas já havia há oito anos, era um sonho embolorado, musgo, sabão.
Num belo domingo, escafedeu-se como uma bolha de sábado virada no avesso pelo vento.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
3 comentários:
Gostei disto, do sonho de bolso. Propus no Ovo Azul Turquesa, fazermos uma série de micro-poemas Na Malásia.
beijos,
Mhel
http://www.ovoazulturquesa.blogspot.com
sonho de bolso...
os sonhos de bolso não morrem jamais. eles vivem nas dobras obscuras do desejo e do universo.
Vivi
Postar um comentário