"sob o nanquim da incompreensão
ressurgem as palavras
letra por letra,
verso a verso,
varam o escuro e
rebrilham à luz de outro tempo
de nada adiantou tapar palavras
nunca adiantou perseguir idéias
jamais adiantará calar versos
se idéias palavras
seguem tramando
interditas
na trama dos versos
subterrâneas
subversivas
vivas
seguem buscando
como dizer e dizem:
apesar da violência
a despeito das tormentas
dizem
da força
do que as escreveu
dizem
da persistência
da poesia
dizem
do carinho dos que
as preservaram
cada letra palavra
a romper o escuro silêncio
é testemunho
do mundo livro
é lembrança
do poder do vivo
livro
os que em vão pintaram
os versos de petrarca
não contavam
com o poder do tempo
não contavam
com a força do verso
não contavam com
petrarca josé e guita
para fazer do livro
completo organismo
para fazer
da palavra vida!"
Frederico Barbosa (1961- )
ressurgem as palavras
letra por letra,
verso a verso,
varam o escuro e
rebrilham à luz de outro tempo
de nada adiantou tapar palavras
nunca adiantou perseguir idéias
jamais adiantará calar versos
se idéias palavras
seguem tramando
interditas
na trama dos versos
subterrâneas
subversivas
vivas
seguem buscando
como dizer e dizem:
apesar da violência
a despeito das tormentas
dizem
da força
do que as escreveu
dizem
da persistência
da poesia
dizem
do carinho dos que
as preservaram
cada letra palavra
a romper o escuro silêncio
é testemunho
do mundo livro
é lembrança
do poder do vivo
livro
os que em vão pintaram
os versos de petrarca
não contavam
com o poder do tempo
não contavam
com a força do verso
não contavam com
petrarca josé e guita
para fazer do livro
completo organismo
para fazer
da palavra vida!"
Frederico Barbosa (1961- )
Um comentário:
Ele foi meu professor do cursinho. É um tarado, mas admirável. Gostava bastante da irreverência dele.
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