22.12.08

Ana Clara decidiu se vestir. Depois da noite maravilhosa, da chuva chovendo, da carta para Deus, era hora de pôr roupas e ser gente novamente. Agora até nome ela se lembrava que tinha e então era mais uma pessoa pronta para o convívio social. Não era mais nua em verso, em pêlo, em pele ruborizada e tranqüila. Não era mais quentinha, cheiro doce que emanava de sua cama e para sua cama. Agora era gente novamente, com toda a implicância que tal conceito traz consigo, sem pestanejar nem se revoltar com nada.

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