de prazos que desprezo
desconfio que gosto
que de tão apertados
os ponteiros lambam
de minha religião
relógio ilógico
e cada lambida do tempo
alimento
com a língua atenta
um tempo
novo
de novo
que de tão apartado
aponte com o dedo
um ponteiro na contramão
desapontado
depois o intento:
um atentado contra
o próprio tempo
de prazos
desprezos.
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Um comentário:
os ponteiros bem que podiam ser mágicos e nos deixar atrasar e adiantar a vida...
aí reclamaríamos de outra coisa.
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