14.12.08

Poemapronto do descumpridor de prazos

de prazos que desprezo
desconfio que gosto

que de tão apertados
os ponteiros lambam
de minha religião
relógio ilógico

e cada lambida do tempo
alimento
com a língua atenta
um tempo
novo
de novo

que de tão apartado
aponte com o dedo
um ponteiro na contramão
desapontado

depois o intento:
um atentado contra
o próprio tempo
de prazos
desprezos.

Um comentário:

Giovanna Longo disse...

os ponteiros bem que podiam ser mágicos e nos deixar atrasar e adiantar a vida...
aí reclamaríamos de outra coisa.