25.12.08

Via as pessoas como se fossem pessoas de verdade. E todos parados, olhando ao redor, eram um delírio sadio, engraçado. A luz que vinha de cima parecia opaca, como se o sol tivesse caído, levado três pontos, e mostrasse uma cicatriz simpática no meio da testa. Shhh, shhh, shhh, shhh, era o vento botando o dedo em riste no meio dos lábios, dizendo para as gentes andarem mais devagar, menos ruído, shhh, shhh, para não acordar neném, para não atrapalhar sinfonia de Beethoven, para não apagar os sonhos bons. Shhh, shhh, shhh, shhh... bem de levinho o vento avisando que a vida amanheceu bonita e pronta para ser vivida.

Um comentário:

Giovanna Longo disse...

que lindo. gostei da última frase.