23.9.07

Fotografia instantânea

Há sempre uma vaga esperança nos olhos estranhos que me olham sem explicação:
Uma esperança que se queda, pedra;
Uma esperança que quebra a vidraça do vizinho nervoso.

No bolso, o bilhete amassado quase me sorri
E eu me sinto o motorista do ônibus
Conduzindo seus sonhos por todos os pontos da cidade.
- Olha o jornal! Apenas um real!
Subindo elevador
Descendo escadas
Respirando o ar comprimido ao qual estamos condicionados.

Ainda há uma esperança, ainda que vaga.

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