E a lembrança sofrível de que há uma longa e fria madrugada pela frente.
Rojões amargos.
Geladeira estragada.
Uma samambaia vai crescendo ao contrário e escalando meu prédio. Já está na metade do quinto andar. Amanhã ou depois deve invadir meu quarto, aqui no sexto, e me matar sufocado enquanto eu estiver dormindo.
Corta VT.
Sete de setembro. Lembro. A chuva reflete as lágrimas que ela verte. Eu subverto.
Fecha para seu rosto.
- Vontade de brincar! - grita, mas ninguém ouve porque estão muito ocupados assoviando o Hino Nacional.
No meio da rua, um menininho (eu) fugido do evento pátrio, brinca o futebol com uma pedra levemente arredondada.
Fica tudo preto (tá, deve ter um termo que explica melhor isso!)
No dia seguinte, manchete que estampa os jornais:
Jovem garota morre com pedrada na testa
Testemunhas disseram que ela só queria brincar
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