14.7.05

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As luzes estão apagadas mas eu sei que você não tem medo do escuro. Então eu lhe dou um sorriso, despercebido que você não consegue me ver. Então, belisco o seu braço e finjo que não fui eu.

- Quem será o fantasma?

Corro e fecho a vidraça. Percebo o líquido escorrendo. Uma réstia da lua me distrai enquanto, na mesmice deste sítio abandonado, o cricrilar dos grilos é uma orquestra a sinfonizar minha existência.

- Onde está o fantasma?

É quando alguém tem a súbita idéia de alcançar o interruptor e acender a luz.

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