15.12.07

crateras lunares

Percebi que sofro de insônia. Não eu, entidade suprema autor, mas eu que ele escreve agora. Eu-lírico, manja? Narrador-personagem. Essas coisas aí de literatura que eu, entidade suprema autor, não entendo. E eu, narrador, também não entendo.
Mas o fato é que sofro de insônia. Não todos os dias, er, noites. Apenas nas noites de lua cheia. Dizem que é quando lobisomem ataca mas não acredito não. Só acho que fica tudo muito claro por aqui e a luz da lua reverbera na minha janela. Adeus sono!

***
- Seu cretino, estou cheia de você!
- E eu, de pretextos pra não te querer mais!!
Assim se minguam amores e amizades, paixões e sociedades. Mas então é esperar outra lua nova pra crescer mais uma vez.
***
O menino vivia no mundo da lua. Lua cheia era um prato cheio para seus sonhos. Na nova, sumia feito escuridão. Nas outras duas não entendia muito bem como era que se desfaziam ora a porção branco brilhante reluzente, ora a negritude do espaço.
Sim, ele era meio de lua também.

Um comentário:

Giovanna Longo disse...

Ah, como é adorador da lua. Nem precisa conhecê-lo para saber. Basta ler atentamente e lá está, declarada a paixão.