19.12.07

a rosa púrpura do aqui

Lá minto, lamento:
- Vá pra lá palavra minha!
que hoje quero escrever:
a) um poema que nem saiba se é parente ou transparente.
b) um poema que nem caiba em si de tão óbvio e renitente.
c) um poema digno de amantes, cravejado de diamantes.
d) um problema que seja o próprio propósito de pressão, depressão.
e) todas as alternativas estão corretas.

Mas, contradições com tradições
E o contexto matou o poema!
Refuto o fato e o feto porque:
a) meu livro é uma vida aberta, cheia de fendas e pregos e dobras no caminho.
b) perco-me nos parques dos porquês ensimesmados.
c) há um olho rasgado filme de Buñuel olhando e sangrando pra mim.
d) não sou homem de assumir a paternidade.
e) n.d.a.

Leitor livre e leve,
Complete as lacunas alucinadasao seu talante.
Finja, mas não fuja.
Aja sem nojo
como se o chão (e não o céu)
tivesse asas. Mãos e pés à obra:
1) No meio do _________ tinha um espinho
Tinha um espinho no meio do _________.
2) O preço do _________não cabe no coração.
3) Amor é fogo que _________ sem ser covarde
É dor que _________ sem aspirina.
4) De repente, não mais que _________
Fez-se distante o que se fez _________
E de _________ o que se fez carinho.
5) No final, que restará?
Uma esperança de _________...
6) Vou-me embora pra Pasárgada
Lá eu bem sei do _________
Lá tenho a _________ que quiser
Na _________ que tiver chama.
7) Ó mar tão mau, quanto do teu _________
São lágrimas de _________!

Um dia, lá longe,
Amei
Bebi
Chorei
Dormi
E defenestrei todos os meus sonhos, principalmente os que

(O resto do poema?
Hmmm... não sei.
Parece que pulou a linha
E fugiu da página.)

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