21.10.08

Enquanto isso, Eva, a garota experimental que fora defenestrada da sala do presidente da ditadura, mantinha suas idéias revolucionárias de uma originalidade estonteante e abusiva:
- Vou criar a antimatéria só pra ver o mundo no avesso, tudo o que era belo será feio, tudo o que era estético será imoral, tudo o que era ético será mortal, tudo o que era vermelho será multicor, numa rosa dos ventos infinita...
- Vou convocar todas as mulheres para que masturbemos o Brasil. Agora entendi como fazer essa coisa crescer. Se o profeta que escreveu o Hino disse “deitado eternamente em berço esplêndido”, com um pouco de excitação a velha Pátria vai se erguer e construir o seu futuro.
- Vou jogar torta na cara de quem vier me encher a paciência. E já estou mandando queimar todos esses livros de gramática que os acadêmicos querem me empurrar goela abaixo. Não tô nem aí...
- Vou queimar todas as plantações de imorangos do mundo. E quando algum político vier doar alimento para os raquíticos que adornam a sociedade capitalista, dou-lhe um safanão: “ensine a pescar ao invés de dar o peixe, seu patético charlatão!”
- Agora estou na internet.

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