30.10.08

Do amor, andou pelos ares.
Da barriga, brotou um bebê.
Do cárcere, colecionou causos.
Do debate, desafiou Deus.
Da escola, escolheu um enigma.
Do fim, forjou as flores.
Do gramado, germinaram gérberas.
Do hoje, houve hiatos.
Do início, indicou istmos.
Da janela, jogou janotas.
Do lugar, legou lições.
Do meio, marcou o mundo.
Do nada, nivelou nãos.
Do orvalho, ousou ao outro.
Do problema, produziu poemas.
Da quitanda, quis quiabos.
Do rei, roeu a roupa.
Do sonho, sentiu saudades.
Do tempo, teve tédio.
Da úlcera, untou os uis.
Da viagem, ventou vísceras.
Do xis, xuaxalhou sobre xiriricas.
Do zunido, zebrou o zupt.

2 comentários:

Giovanna Longo disse...

genial.

Maria Clara Moraes disse...

Vc gosta muito de brincar com as palavras... E dessa vez eu gostei muuuuuuito do resultado! Ficou com um jeito meio lúdico infantil não sei bem.. adorei!