15.2.09

Fragmento de um céu sem nuvens

“Vem ser vento
Que o vento sopra
Só pra vencer”


A vida, suas dúvidas, minhas dívidas. Sobra um mantra mental, uma manta invisível a proteger-nos, mente, lástima, lamentos que minto lá adeus. Ontem fui ao mercado, hoje ao cinema, amanhã quem sabe. A vida, ávida por dúvidas e dívidas. À vida, este brinde, o último, o eterno. Como se a musa fosse música e o texto, pretexto. Lua cheia. Calma aí que não quero me perder entre pedras. Atire-as. Ela tinha um cu bonitinho para eu me perder. Ela tinha uma buceta quentinha para eu me perder. Ela tinha um par de peitos redondinhos para eu me perder. Eu não tinha nada e a perdi.

Um círculo, um ciclo, uma cloaca. Clitóris. Saudades de Tamires desenhada, ideada. Tamires. Tamires.

Da segunda vez que a encontrei não havia ônibus, não havia. Da segunda vez que a encontrei não havia vestes entre nós. Era como se a semana fosse cinema e o atraso, um abraço. E abraçar Tamires, nua, escondia delícias impossíveis.

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