27.2.09

De dentro da garrafa naufragada

Estou com um sorriso derrapado no rosto. Aquele que em vez de se esquecer de acontecer, aconteceu demais, perdeu o tamanho certo, escorregou. Quando me lembrei, fechei rápido. Ficou a marca.

É assim que me recordo do seu sorriso. Indelével. Proporcional. Exato.

A matemática, eu a endeuso justamente pela medida da perfeição: a invariável condutora dos pensamentos humanos.

Por isso, me resta apenas a interrogação latente de saber como estão as coisas por aí, onde eu não vejo, onde eu não estou, onde nem sou pensado, querido ou desejado.

Nenhum comentário: