25.1.09

VINTE E QUATRO DE JANEIRO

Ainda ontem eu era o cicerone das dores alheias, utente fiel e real de toda as sonoplastias guturais gemidas, dos ais e dos uis mais sinceros. Ganhava mal por isso, mas a beleza estava nas entrelinhas e nas entrepernas fêmeas.
Quando auscultava uma lascívia a mais, uma reticência prazerosa qualquer, trancava a porta e defenestrava a chave.

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