17.8.09

DEZENOVE DE JULHO

Eu era um homem que sabia ler o mundo, com seus chuviscos fora de hora, suas árvores balançando e seus olhos da cor do sol.
Eu era feliz quando começava o dia contando os pássaros da alvorada e terminava a noite nomeando as estrelas. A cabeça sempre apontando para cima, fizesse chuva, fizesse lua.
Mas então o tédio me consumiu. E eu, aos vinte e poucos, tornei-me este ser taciturno e sorumbático.

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