26.8.07

Tentativa n.º 8

Quero ser uma cebola e, anticola, desprender cada camada
em mim só
como a bola que, tanto ser chutada, despedaça seus gomos
aquilo que somos.

Uma gota qualquer de orvalho
permaneça, sábia,
até que eu amealhe uma folha, outra folha...

Quero ser um pó de cebola
um poema
um problema.
Uma negação.

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