26.8.07

Irene

Com triste ironia
Irene sorria.
Um pedaço de poema
no pecado entre as pernas
a lhe lembrar nas retinas
da contrita rotina:
Irene sorria.

Sempre juízo,
Irene sorria.
E sem prejuízo
na data da festa do santo
tomava sopa de incunábulos
saboreando os vínculos
em suave penitência.

No íntimo, intimidada,
Irene sorria
porque seria práxis chorar
lágrimas vermelhas com aroma
de amora.
Irene só sorria
como quem inventasse e ventasse.

Nenhum comentário: