1.12.06

Do poder

quem pode, chove
promovento
e os piores são
pirados
onomatopaicos.

conto, canto,
estrelo os dedos
e, em cada estralo
que estremeço, moça,
jogo os dados,
arrisco, arisco,
uns degraus da vida
- de grau em grau,
meço a dádiva
da dúvida
e choro,
em dívida.

quem pode, gasta
eu gesto
no gosto
eu gosto
e me enrosco em pernas
que não são minhas
e me aninho em perdas
sempre tão sozinhas
e me atiro pedras
pontiagudas,
ferinas,
pesadas.

quem pode, interroga,
exclama,
reticencia, ri.
eu só ponto-finalizo.

2 comentários:

parla marieta disse...

Pronto.
Seu cronopolitano no meu bloguinho naltra volta.

Anônimo disse...

É, alguém precisa fazer isso, não é? Que seja vc então.
Um beijo!

(Comentei todos que pude...)