1.6.10

in fact

denuncia a sombra os ombros de guarda-chuva
a proteger os desejos
a luxúria
os encantos mais desencontrados e inefáveis
por enquanto, doentes.

e cada anúncio fixado na janela
é um poente derramado
para ela
só para ela
que dorme vestida de nua
deitada em sonhos de frente e verso.

dentro da consciência nervosa, em tiques
um universo guardado
bigbangueia eternamente
como se o nascimento fosse uma frequência
e a riqueza se cansasse de tanto gastar
o que ninguém tem.

mas é tudo fricção
mas é tudo ficção
tirante os ombros que se quedam
parecidos com as sombras que tentam
reinventar-se.

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