O sol era no céu um ponto amarelo como seu rosto. De novo. Mas agora quando o velho tarado que suicidou a namorada de vinte anos encontrou-se com o velhinho caolho que mora no meu cérebro inventando palavras (absolinto, tragidéia, cronopolitano):
- Para mim, amarelo é verde.
- Amarelo é vermelho, penso eu.
E assim, desse pequeno detalhe coloritransitivo, a diferença brota clara. Tão clara como um amarelo de sol. Como seu rosto no céu.
- Mas e a Linha Amarela?
- Verde, fácil.
- Vermelha, ou vai se perder por aí.
Era Jéssica o nome dela. Vinte anos. Seios rosados.
- Amarelos?
- Não, quase vermelhos.
- Verdes, então.
O velho tarado que suicidou a namorada de vinte anos recusava-se a acreditar que uma marciana tivesse trepado em sua cama.
- O nome disso é escapomoralissenciato.
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