Noto que no Natal, Neto duvida dos dedos de Deus digitando a vida e dedica a ele uma ode invertida pelo avesso das bolas das árvores da noite enfeitada:
“Papai Noel, em tempos de Ibama e essa ladainha de direitos humanos dos animais, aposentou compulsoriamente as renas. Agora andeja pelos telhados, uns quebrados e todos em mau estado. Entre tropeços, garimpa orifícios de onde a fumacinha anuncia chaminés.
Jamais espia. Corre contra o tempo porque seu sonho é terminar o trabalho logo, para um dia passar o Natal com a família.
Quase escorrega:
- Malditas telhas! – coça a barba branca, que já faz tempo não é postiça.
Entra.
De saco cheio, descobre na prática que no Brasil não há lareiras. Só braseiros onde a carne arde. Ai!”
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Um comentário:
Excelente!
Abraços natalinos...
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