15.12.05

Ambientação #4 ::: No arame, o equilibrista procura o ponto da ebulição momentânea

Caminhar pelas pedras do silêncio é como rasgar corpos. Escorre um filete de sangue, violento, vício, cio, lento. Depois é o cócix e o nada interpretando o vértice da dor. Estou condenado ao vazio, à solidão, aos solilóquios antes de dormir. À cama larga onde não encontro o que não sejam dois travesseiros.

Depois dizem que quem atira é bruto.

Fogos de artifício.

2 comentários:

parla marieta disse...

Amanhã
Plena, cheia de vida
a manhã lhe sorria
bom dia!

Helena disse...

Na Malasia o equilibrista mora no ar.

"Caminhar pelas pedras do silêncio é como rasgar corpos"

lindo isto.

Helena