4.6.09

Poema de duas pernas

no duro espaço amargo
que me consome inteiro
persigo a malícia
e o afago
de ser meio
do jeito que se me vicia.

insone, luto.
finjo que me esqueço
e não mais escuto
toda a dor que sou:
avesso, invejo-me.

sou o homem.

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