12.6.09

DOIS DE JUNHO

A noite cai avançada.
Do outro lado da rua, luzes acesas em um prédio invejoso denunciam o serão prolongado.
Lembro-me de Bauru, onde as repúblicas vizinhas tinham um código luminoso próprio para as madrugadas. (Ao menos em minha cabeça, as coisas funcionavam assim.)
Entre acenderes e apagares, o tempo passou duro para mim. Anos depois, não sou nem metade do homem que sonhava ser.
Escorre uma pequena -- mas cruel -- lágrima de desespero. Pontiaguda.

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