Um amor que se preza, a surpresa burila:
Na lida há tempo pra cerzir amanheceres
E na alcova cego sossego em suaves prazeres.
Hoje não sei se tem lua
- a cidade apagou -
Não entendo de ventos
- a rosa já era -
Nem mais quero chorar
- meu relógio murchou!
Ao atravessar a rua quero encontrar o pensamento
antigo
- e nem por isso esquecido ou avesso -
guardado bem dobradinho
com três tantos de carinho
no canto do teu bolso esquerdo
- talvez protegido sob um guarda-chuva.
É nele que se apóia a crença
- nem mambembe, nem mambira -
naquele quê de eterno
quasenada, diz tudo:
- Eu te amo!
26.5.06
Assinar:
Postar comentários (Atom)
3 comentários:
faz tempo que não passava por aqui, mas continua muito bom os textos! precisamos combinar algo! a famosa cerveja no finnegans..
abraços
adoreeeeeeeeeeeeeeeeei esse texto!! rs
E eu que não sabia
Que você era versado
Nos versos — que versos!
Postar um comentário