3.3.10

Poema da resolução

Da força falsa, como em um cadafalso, estou.
Mambembe de bomba na mão.
Atônito de tanto sertão.
Ridículo.

Perdi o traquejo na hora de pontuar,
serestar,
fornicar,
endemoniar os restos desta rota em que
r-a-s-t-e-j-o
com medo.

Muito medo.
Medo:
a) dos dedos de Deus;
b) dos sonhos assanhados;
c) das gentes ingratas que perderam o despertador;
d) de mim, quando não me sou mais.

Hoje decidi interromper meu sono, para sempre.
Porque o mundo é daqueles que espantam.

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