O preto
De dentro
Do beco.
O branco
No canto
Do banco.
Eu, medo.
Eu, manco. 
Dentro do beco, no canto do banco, tento, canto
Até voltarem a escorrer os sonhos
Que tanto empresto dos outros
Enquanto espio
Atento
Pela própria fresta
O quanto sofro.
O preto aponta reto. O branco apronta lento. 
Minha meta: ser valente.
Um alento: absorver.
O preto olha para o teto. O branco abranda os dentes. 
O preto beija, o branco abraça,
O medo afunda.
A princípio, prometo-me. 
Mais tarde, esqueço-os.
A noite, a madrugada,
Fotogramas em preto e em branco.
Depois sempre vem o trêmulo contra: a pedra, o atrito, o tropeço, o pranto.
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Um comentário:
de repente me deu vontade de não escrever nunca mais...
pq isso aq é muito bom.
obrigada.
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