Agora que tenho quase a idade de meu pai, recordo-me que é saudável ficar olhando horas e horas para o aquário. Como se aquele pequeno mundinho sob nós soubesse que do lado de fora criamos Deus e todas as outras coisas num piscar de olhos e milênios de tradições.
No verão os pensamentos fluem num ritmo próprio, com o desejo auscultando, trágico, o que estiver submerso no degradado e decretado corpo derretido de calor e pálido de tanto se ensimesmar.
Borbulhos indicam que no aquário a água também ferve.
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3 comentários:
Oi, Anjinho...
vim aqui só para NAO ler sobre a Martaxa.
hahahaha
adorei!
aguenta as bombas!
Que beleza de texto!
Não basta ser Júnior, tem que vivenciar...
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