24.12.08

A diferença era que era ela quem pensava. E andando no meio da multidão vinha-lhe à cabeça uma sonata de Beethoven, como se a música privativa e muda fosse, que só ela ouvia e se deliciava. Os outros, no caos urbano, não percebiam os estímulos delicados do compositor alemão. Ana Clara sentia-se feliz por redescobrir o mundo dessa forma, e sua felicidade impregnada dos anos tenros de sua juventude, a completavam cheia de um riso sincero, sorriso, só riso. Nada de novo detrás do sol.

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