14.7.05

O saite perdido na blogosfera

Uma casca de limão espremida


E as coisas acontecendo tão fosforescentes, tão desmancháveis e tão doces que era uma tremenda massa de suspiro. Dentro, um par de óculos, lentes sujas, inúteis.

É preciso ressuscitar todos os gnominhos. Eles não gostam de buzinas, não gostam de barulhos, não gostam de guloseimas. O esporte esperto deles é manter relações sexuais com as páginas dos livros do Leminski.

Escrever pras gavetas, não precisa de internet


Saiu de casa cedo com uma arma enferrujada no lado esquerdo da calça. A calça estava velha demais, parecia que era feita de papel crepom roxo.
Saiu de casa cedo o bastante para matar 1587 pessoas. Ou todas as que não visitassem o seu blog.

Seu nome era Alfredo.

Geografia cheia de segredos


Sua cabeça lembrava um chester cru. Era estranho, tinha o feitio todo irregular e confundia os ônibus com as asa-deltas que sempre gostou de colorir.

Preferia maçãs a pesadelos. Mas sonhava todas as noites com um caçador eloqüente, cheio de espingardas amarelas. Espingardas, não: repito, retifico: espinhas amarelas. Daquelas cheias de pus.

Afeminado e tímido, complexado e reverberante, fugia dos holofotes e tinha medo, muito medo.

No fundo, ele detestava pontos de ônibus. E pneus furados.

Um mecânico travesseiro


Parei de contar carneirinhos desde que os bois dormiram.

Um comentário:

parla marieta disse...

cabeça de chester cru, blerg.
espinhas amarelas, quem não teve?
ah... como é bom sonhar, pesadelar também não é ruim. Adrenalina vai.